GERAL

Este espaço foi criado para o registro de fatos históricos ligados à colonização alemã no Brasil. Aqui podemos falar da influencia dos colonizadores alemães na formação da nação brasileira em seu aspecto cultural, social, religioso, nos traços físicos, na língua, na arquitetura, na dança, na música, nas festas. Podemos também mostrar o que a mídia nunca mostrou nem irá mostrar. O sofrimento dos recém-chegados alemães em solo brasileiro. O desmoronar dos sonhos. Os primeiros tempos, nada fáceis.

Wer war Dom Pedro? -- Quem foi Dom Pedro?
Histórico da Comunidade de Nova Friburgo - RJ
Viver no Brasil falando Hunsruckisch - In Brasilien auf Hunsrückisch leben
Sem palavras/Speechless/Sprachlos - Documentário/Documentary/Dokumentarfilm
Für Immer (Para Sempre)
Imigração alemã em Santa Catarina
Cidade de Treze Tílias em 1938 - Imagens raras
O fim da segunda Guerra mundial
No dia 7 de maio de 1945, às 2h40 da madrugada, o ato de capitulação incondicional da Alemanha foi assinado na presença do general americano Walter Bedell-Smith, do general soviético Ivan Susloparov e do general francês François Sevez.

Segundo o acordo, os combates deveriam cessar precisamente às 23h01 do dia 8 de maio. Mas a notícia da assinatura da rendição correu o mundo já na manhã do dia 8, o que obrigou os chefes de três dos quatros países aliados – Harry Truman, nos Estados Unidos; Winston Churchill, no Reino Unido; e Charles de Gaulle, na França – a anunciar oficialmente o fim dos enfrentamentos às 15 horas. A partir de então, o dia 8 de maio se tornou a data-símbolo da vitória sobre a Alemanha nazista.

A cerimônia de assinatura da capitulação em Reims, no entanto, não foi suficiente para o líder do quarto país Aliado, a União Soviética. Joseph Stalin queria que a rendição incondicional fosse assinada no coração do Terceiro Reich: Berlim. Uma nova reunião foi então organizada no subúrbio da cidade alemã, ocupada na época pelo exército soviético.

O encontro começou na noite do dia 8 de maio e terminou precisamente aos 28 minutos do dia 9. É por isso que a União Soviética, e atualmente a Rússia, celebrava o aniversário da capitulação alemã um dia depois que a maioria dos países europeus.

O conflito, no entanto, ainda não havia chegado ao fim. Foi preciso esperar até o dia 2 de setembro para que o Japão assinasse a capitulação que encerraria definitivamente a Segunda Guerra Mundial, mais de quatro meses depois que as armas se calaram na Europa. Embora as operações militares tenham terminado em solo europeu a partir desse momento, os combates prosseguiram no Pacífico.

No Extremo Oriente, o Japão continuou a combater os exércitos aliados, e somente o trágico lançamento de duas bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, conseguiu obrigar o país asiático a assinar sua capitulação em 2 de setembro. Só então a Segunda Guerra Mundial chegou, de fato, ao fim.
A contribuição alemã para a formação da cultura brasileira
culturaA imigração e a colonização alemã no Brasil tiveram um importante papel no processo de diversificação da agricultura e no processo de urbanização e de industrialização, tendo influenciado, em grande parte, a arquitetura das cidades e, em suma, a paisagem físico-social brasileira. O imigrante alemão difundiu no Brasil a religião protestante e a arquitetura germânica; contribuiu para o desenvolvimento urbano e da agricultura familiar; introduziu no país o cultivo do trigo e a criação de suínos. Na colonização alemã, não se pode negar, está a origem da formação de um campesinato típico, marcado fortemente com traços da cultura camponesa da Europa Central.

No domínio religioso, há de se reconhecer a influência dos pastores, padres e religiosos descendentes de alemães. Várias igrejas luteranas foram implantadas com a chegada dos imigrantes e o próprio ritual católico adquiriu certas especificidades nas comunidades alemãs.

A vida cultural dos imigrantes também teve um papel importante na formação da cultura brasileira, especialmente no que diz respeito a certos hábitos alimentares, encenações teatrais típicas, corais de igrejas, bandas de música e assim por diante. Exemplo caracterstico é a Oktoberfest, que, a princípio, surgiu como uma forma de manifestação contra as atitudes tomadas pelo Estado Novo ao proibir atividades culturais que identificassem a germanidade. Hoje, ela é uma festa que simboliza a alegria alemã, tendo incorporado, com adaptações e modificações, a gastronomia, a música, a língua alemã.Phasellus lorem nisi, gravida indictum sit amet.
Alemães As tradições e o abrasileiramento
Os imigrantes e seus descendentes mantiveram uma forte ligação com a cultura e a sociedade de origem, apesar das ressões no sentido de sua integração à vida nacional. De fato, com uma identidade étnica bem definida, os alemães, como os outros grupos de imigrantes, também foram assimilados e aculturados pela sociedade local.

Entre eles, pouco a pouco, os traços de germanidade tornaram-se mais débeis. A língua alemã passou a ser falada menos em público. Diminuíram também as atividades das sociedades e clubes recreativos. A educação passou a ser feita na língua portuguesa. Em certos meios, ser alemão passou a assumir uma conotação inferior, de negação ou de exclusão.

A escola

escolaUm dos exemplos mais significativos de resistência cultural foi a criação e a manutenção de escolas alemãs vinculadas a comunidades evangélicas e católicas nas colônias.

Tendo os imigrantes vivido isolados durante algumas décadas, as primeiras escolas e igrejas foram organizadas por eles mesmos.

Em torno da escola, como também da igreja e de associações, o apego às tradições e a preservação de elementos culturais se estendeu a diversas gerações, persistindo mais ou menos até os dias atuais. Pode-se afirmar que alguns dos elementos de preservação e difusão da língua, identidade e cultura alemãs por parte dos imigrantes e descendentes, referem-se à escola comunitária, à imprensa, à ênfase ao associativismo, à organização das comunidades religiosas, dentre outros.

Estatística das Escolas Alemães no Brasil - 1931

Fonte: MAUCH, C., VASCONCELOS, N.(Org.). Os alemães no sul do Brasil: cultura, etnicidade e história. Canoas: Ed. Ulbra, 1994. p.157.

(*) Totais sem confirmação

De uma forma geral, o governo imperial e os governos das províncias não se preocuparam com a educação nas colônias. Assim, as escolas surgiram, sobretudo, para evitar o problema do analfabetismo.

Inicialmente, eles próprios tomaram a iniciativa de estabelecer escolas comunitárias e depois particulares, que, com o tempo, se transformaram em "escolas étnicas". Os professores dessas escolas, a princípio, eram pessoas da colônia, mas, com o desenvolvimento destas, vieram os religiosos, que, muitas vezes, se dedicavam, também, ao ensino. Da Alemanha vieram professores contratados pelos colonizadores para ensinar a ler, escrever e contar e para transmitir valores comunitários e culturais, mantendo assim costumes e tradições.

Por consequência, milhares de descendentes de imigrantes foram instruídos na língua alemã sem o conhecimento da língua oficial brasileira.

Aos poucos, o ensino da língua alemã acabou por estimular o crescimento e a divulgação de publicações de obras literárias e poéticas, de jornais, de revistas e de almanaques, tanto para o interior dos núcleos coloniais quanto para outras províncias, num período que se estendeu até 1939.

O resultado deste processo pode resumir-se no "teuto-brasileiro".

A capela

capela

Assim como a escola, as capelas tiveram grande importância na vida dos imigrantes e descendentes alemães, pois serviam ao mesmo tempo como local de culto, escola e salão de festas. Esta organização em torno da capela remete a outro aspecto semelhante àquele desempenhado pelas associações assistenciais e recreativas: proporcionavam atividades de lazer e, ao mesmo tempo, representavam um lugar de preservação de costumes e hábitos que, aos poucos, foram sendo assimilados pelos brasileiros.

Colônias Alemãs no Brasil
Regiões de origem e destino dos emigrantes
Território brasileiro e povoamento dos alemães
Os imigrantes alemães no Brasil
Os colonos alemães adaptaram-se ao Brasil sem abdicar de sua cultura. Por isso, construíram um novo espaço onde mantiveram o seu próprio estilo de vida, integrando a ele traços da cultura brasileira. Isso resultou no modo de ser singular do colono migrante.

A colonização da Região Sul

A Região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) foi destinada, pelo governo brasileiro, ao povoamento com colonos. Este sistema de colonização é muito diferente do sistema adotado na província de São Paulo.
No sistema de colonização desenvolvido na Região Sul, o objetivo era fazer do povoamento e da colonização mecanismos de conquista e de manutenção do território, povoar áreas de florestas próximas a vales de rios. No sistema adotado na província de São Paulo, entretanto, o objetivo era solucionar a carência de mão-de-obra nas propriedades de café.
A colônia de São Leopoldo (Rio Grande do Sul) foi a primeira experiência de povoamento do Sul, tendo se transformado num dos grandes sucessos da política de colonização do governo imperial.
Os colonos alemães expandiram-se pelo território brasileiro e levaram consigo esse sistema de colonização para além da Região Sul. Muitas vezes, para bem mais longe: Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia, por exemplo.
Os imigrantes urbanos
Nem todos os imigrantes alemães que vieram para o Brasil foram ou se tornaram proprietários de terras na ocasião de sua chegada. Muitos deles eram artesãos, industriais, comerciantes e profissionais do meio urbano, bem como religiosos e professores.

A partir do desenvolvimento de regiões coloniais e do crescimento demográfico, além das migrações para novas colônias e frentes de colonização, ocorreu continuamente o êxodo rural, que se intensificou com a modernização agrícola dos anos sessenta no século XX.

Expansão geográfica e as colônias homogênas de povoamento

Os alemães se dispersaram pelo território e entre a população brasileira, marcando fortemente determinadas áreas e influenciando outras. Um traço visível desta expansão é a ampla rede de igrejas luteranas nas frentes de colonização, exemplificando, em parte, a vasta influência germânica no país. Em 1922, havia 375 paróquias das igrejas de Confissão Luterana do Brasil, das quais 237 (63%) se localizavam na Região Sul, 64 na Região Sudeste (31 no ES), 29 na Região Norte, 26 no Centro-Oeste, 18 no Nordeste.


povoamento

Colônias homogêneas de povoamento surgiram no Sul a partir do empenho dos colonos em adquirir os lotes de terra daqueles que partiam, visando a assegurar a proximidade geográfica de seus filhos e netos. Encaminhados para as regiões mais distantes e tendo recebido apenas a ajuda material do governo brasileiro (concessão de terras, facilidades financeiras, auxílios oficiais, ajuda material, etc), a concentração de colonos de mesma origem étnica resultou na formação de grupos relativamente homogêneos e isolados, onde era alta a taxa de fecundidade: 8 a 9 filhos para as mulheres que se casavam entre 20 e 24 anos.