TRAJES FRANCESES
O chamado terno "francês" foi a vestimenta masculina predominante na Europa desde o final do século XVII e que cobriu grande parte do século XVIII. O traje era composto basicamente pelo paletó, por fora, e o paletó e a calça por baixo.
Como roupa íntima, a camisa era usada diretamente, com gola e mangas compridas no corpo. Acima disso, poderia ser usada uma camisola sem gola, aberta no peito e decorada com um babado ou enfeite. Cuecas foram usadas para a parte inferior. Ambas as vestimentas eram feitas de linho, de qualidade diferente dependendo da classe social. Na perna usavam meias que ficavam no ar. Eles podem ser feitos de seda, lã ou algodão.
Por cima da cueca, colocaram as três peças que compunham o terno, paletó, calça e como vestimenta externa o paletó. O paletó era um paletó comprido que chegava quase até o joelho, sem revelar os calções, era aberto na frente embora fosse fechado com botões, deixando os de cima livres para que a guirindola pudesse ser vista. Inicialmente, o mesmo tecido era usado para o paletó e paletó e tinha mangas compridas, mas ao longo do século XVIII as mangas foram feitas de tecido mais fino e finalmente desapareceram, dando origem à vestimenta que hoje é conhecida como colete.
Calças foram usadas sobre as cuecas e iam da cintura até abaixo dos joelhos. Inicialmente era largo e a meia ficava acima da parte inferior da calça, chegando acima do joelho, mas depois, aproximadamente a partir de 1735, a calça passou a ficar acima da meia.
A jaqueta era a peça externa. Era uma jaqueta um pouco mais longa que a jaqueta e com gola redonda. Estava aberto e fechado com botões. Sua parte inferior tinha três aberturas que permitiam uma pilotagem confortável. As saias na altura dos quadris formavam dobras em forma de leque. A princípio, a jaqueta estava completamente abotoada e não deixava a jaqueta ser vista, depois a peça aderiu mais ao corpo. As mangas eram largas e chegavam abaixo do cotovelo, de onde ficavam visíveis os punhos das camisas. Ainda no século XVII as mangas eram estendidas até o punho. No início, esses punhos eram enormemente largos e, com o passar do século XVIII, eles foram diminuindo e revelando a camisa, que costumava combinar com a renda do babador.
Este traje costumava ser acompanhado por uma peruca e um chapéu tricorne de aba larga. Como complemento, usava-se uma gravata larga, um pedaço de pano fino, com renda, solto no pescoço. Logo foi substituída pela gravata borboleta, uma tira de tecido fino dobrada horizontalmente que era usada sobre a gola da camisa e presa nas costas com uma fivela. Como calçado, foram utilizados sapatos fechados, com um pequeno salto.
Este fato constitui um claro antecedente do fato masculino dos séculos XX e XXI, composto por um casaco, colete e calças em paralelo.